O que é CME – As famosas ejeções de massa coronal
Você sabe o que é CME? É a sigla em inglês para Ejeções de Massa Coronal, grandes protagonistas nas Aurora Boreais e Austrais. Elas são lançadas ao sistema solar com velocidades muito além do nosso alcance e da nossa imaginação e carregam quantidades imensas de plasma coronal. Parece complicado? Calma, vou explicar tudo para você.
As Ejeções de Massa Coronal carregam, junto com o plasma coronal, um campo magnético próprio maior do que o interplanetário. Para você ter uma ideia, a velocidade é tão grande que ela iria de São Paulo ao Rio de Janeiro em menos de dois segundos, se estivesse devagar, a 250 km por segundo. Em velocidades mais altas, a 3 mil km por segundo, leva dois segundos para ir de Nova Iorque a Paris.
Com essas velocidades, chegam à Terra entre 16 e 72 horas. Nesse movimento, conforme a massa coronal se distancia do sol, mais larga ela fica. Veja mais sobre o assunto nesse post que preparei para você!
De que forma acontecem as CMEs?
As CMEs ocorrem de três maneiras. Cada uma delas tem um tipo de emissora de plasma e de comportamento diferente. Quando eu elaboro uma expedição e estudo as probabilidades, me aprofundo em cada um deles para maximizar as chances de encontrar a Aurora Boreal. Veja abaixo quais são as três formas.
1. Estruturas entrelaçadas
Grandes estruturas do campo magnético do sol ficam extremamente entrelaçadas e se recompõem de forma linear e menos tensa. Com isso, existe uma liberação incrível de energia eletromagnética. Essa atividade ocorre nas manchas solares e produzem tempestades geomagnéticas.
2. Filamentos
Mesmo sem a presença de manchas solares, filamentos ou cordas de chamas se prendem em duas extremidades, formando um arco. Com muita tensão, o filamento se rompe e chicoteia uma grandiosa quantidade de plasma. Pode também acontecer de esse filamento ser absorvido sem energia liberada.
Nesses dois casos, as CMEs têm velocidade mais rápida do que a velocidade do vento solar normal e os buracos coronais podem “empurrar” as ondas de plasma mais lentas – o que pode aumentar as chances e a potência de uma tempestade solar.
Em setembro de 2018, quando três manchas solares classe X aconteceram, isso ficou bem claro. Eu estava com um grupo no Alasca e a Aurora foi inacreditável! Foram horas e horas admirando as luzes dançantes.
Durante nossas caçadas, por meio dos gráficos da NASA/Deep Sapce Climate Observatory, consigo saber sobre a chegada da CME de 15 a 60 minutos antes de ela se chocar com a Terra. Isso aumenta e muito as probabilidades de a gente ver toda a beleza da Aurora Boreal.
3. Buracos coronais
Buracos coronais são regiões com temperaturas menos e menos densas que a matéria que envolve o sol – mas são buracos no sol com tamanho de centenas de Terras. Seus campos magnéticos ficam abertos e possibilitam que, do plasma solar, surjam as CMEs.
são regiões com temperaturas menores(100X) e menos densas que a matéria que envolve sol, são realmente buracos no Sol com tamanho de centenas de “Terras”. Esses buracos também estão com seus campos magnéticos abertos que possibilitam que do plasma solar surjam as CME
Nos caso 1 e 2, as Auroras são mais rápidas e o direcionamento do campo deve ser exato. No caso dos buracos, a CME dura mais tempo tem os fatores mais corretamente direcionados.
Gostou de entender melhor o que é CME e como elas influenciam na Aurora Boreal? Então aproveite e veja como acontece a Aurora Boreal!