Quais são as verdadeiras cores da Aurora Boreal?
Algumas pessoas não sabem quais as cores da Aurora Boreal. Outras, por outro lado, acreditam que o verde é o único presente que o fenômeno pode nos dar. Não é bem assim. A Dama do Norte pode ser bastante surpreendente e esse é um dos aspectos mais legais que ela tem.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira o texto que preparei para você e conheça melhor as cores da Aurora Boreal!
Quais as cores da Aurora Boreal?
As cores mais frequentemente associadas à Aurora Boreal são verde, rosa, violeta, azul, amarelo e, ocasionalmente, laranja e branco.
As “Luzes do Norte” são causadas por partículas carregadas em movimento rápido (elétrons) no vento solar, colidindo com nossa atmosfera, que é composta, principalmente, de nitrogênio e oxigênio.
À medida que esses elétrons retornam aos seus níveis originais de energia, eles emitem luz visível de acordo com comprimentos de onda distintos, criando as cores que enxergamos.
O oxigênio emite luz amarela e esverdeada (mais familiar da aurora) e vermelho; o nitrogênio geralmente emite luz azul e violeta∕roxa. Amarelo e rosa são uma mistura de vermelho e verde ou azul.
As cores também são afetadas pela altitude e latitude
A altitude determina a concentração dos gases na atmosfera. A luz verde forte se origina em altitudes de 120 a 180 km. A Aurora Boreal vermelha ocorre em altitudes ainda mais altas, enquanto o azul e o violeta ocorrem principalmente abaixo de 120 km. Quando o sol está “tempestuoso”, as cores vermelhas ocorrem em altitudes de 90 a 100 km.
Em latitudes mais altas, como na Islândia ou na Noruega, se vê muito verde.
Em latitudes menores, a aurora está tipicamente baixa no horizonte e tende a aparecer em tons de cinza, com apenas uma pequena quantidade de cor. Às vezes, luzes vermelhas podem ser vistas em baixas latitudes, e antigamente, as pessoas frequentemente confundiam essa luz com fogo no horizonte.
Quais cores podem ser vistas a olho nu? Descubra como isso afeta a sua visão da Aurora Boreal!
As imagens nas câmeras modernas podem não corresponder às que testemunhamos na vida real. Os olhos humanos têm dificuldade em perceber as cores relativamente “fracas” da aurora à noite. Explica-se pela existência de dois tipos de células na retina, relacionadas à captação da luz.
Os cones (Cone cells), concentrados na fóvea (área central da visão), são de alta resolução e detectam cores sob luz forte. Trabalham principalmente durante o dia e contribuem muito pouco para a visão em condições de pouca luz.
Os bastonetes (Rod cells) concentrados na periferia (ao redor da fóvea) podem detectar uma luz muito mais fraca à noite, mas apenas veem em preto e branco e tons de cinza.
A Aurora Boreal aparece para nós geralmente em tons claros e cinzas porque a sua luz geralmente é fraca demais para ser percebida pelos cones que detectariam nitidamente as cores.
Os sensores da câmera não têm a mesma limitação que nossos olhos. Se houver cor presente, será detectada, mesmo que você não a veja. Associe também as configurações das câmeras, que permitem coletar luz por um longo período, fazendo com que as auroras boreais apareçam mais brilhantes e coloridas nas fotos do que a olho nu. O mesmo se aplica à fotografia noturna em geral.
Por que as pessoas veem diferentes cores?
Quando as luzes da aurora são muito fracas, elas não emitem luz o suficiente e ativam apenas as células bastonetes – todo mundo vê um brilho branco pálido.
Quando as luzes da aurora são bastante brilhantes, elas são apanhadas por bastonetes e cones, e todo mundo vê cortinas de verde (e às vezes vermelho, amarelo e outras cores também)!
Mas para algumas pessoas, a íris dos olhos pode se abrir mais do que para outras – a pupila mais larga permite que mais luz entre nos olhos, de modo que podemos ver cores mesmo com luzes mais fracas. Na prática, funciona como o diafragma de uma câmera. O diâmetro máximo da pupila tende a diminuir com a idade. Então, o envelhecimento e certas condições médicas∕ oftalmológicas também podem afetar a sensibilidade geral da retina à luz e percepção das cores.
Além disso, a adaptação total dos olhos para a escuridão pode demorar um pouco e variar entre indivíduos, e o esforço pode ser arruinado até pela exposição a luzes relativamente fracas. A luminosidade geral tem um efeito “branqueador” temporário na retina – saturando e reduzindo a sensibilidade das células por muitos minutos – além de diminuir o diâmetro da pupila. Por exemplo, se você ficar olhando para a tela iluminada da câmera, seus olhos podem não conseguir relaxar e se recuperar completamente. O mesmo ocorre ao se deparar com farol de automóvel e luzes fortes na cidade.
Enfim, por esses motivos, duas pessoas que estão lado a lado podem ter impressões muito diferentes da cor da aurora que estão presenciando.
Gostou de conhecer mais sobre as cores da Aurora Boreal? Está com alguma dúvida? Então deixe seu comentário para que eu possa esclarecer seus questionamentos!